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Este trabalho busca estabelecer um diálogo entre a imagística do cisne trazida nas obras O lago dos Cisnes de Piotr Ilich Tchaikovsky e Cisne Negro de Darren Aronofsky. Observa-se na análise interpretativa a simbologia do pássaro e de suas cores por uma perspectiva da transforma‡Æo de uma visÆo binária Bem x Mal, presentes no balé, para uma perspectiva hermafrodita do cisne proposta pelo filme que ressalta o processo da sua metamorfose. Partindo de uma concep‡Æo pós-estruturalista, as obras sÆo analisadas como tradu‡äes que, mantendo o vínculo com a anterioridade, operam transforma‡äes resultantes do ato de leitura e interpreta‡Æo do sujeito tradutor. Partindo do conto de fada O véu roubado do alemÆo Johann Musaeus, que se configura como anterioridade das obras contempladas, a pesquisa analisa os rastros e as transforma‡äes ocorridas no processo tradutório intersemiótico, abordando a presen‡a dos arquétipos, conforme as reflexäes de C.G.Jung. Ao apresentar um mosaico entre conto de fada, balé e filme, problematizamos conceitos estruturalistas, perspectivas metafísicas platônicas e teorias essencialistas que regem a rela‡Æo comparativa entre as obras.

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Sou brasileira, nascida no Rio de Janeiro, e após viver dois anos na Fran‡a ingressei no curso de Letras Língua Estrangeira na Universidade Federal da Bahia no Brasil, onde me graduei e conclui meu mestrado em Literatura e Cultura com a presente pesquisa. Atualmente sou professora de francês, poeta, escritora e pesquisadora em língua e literatura.

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