---

Sentir, tocar, vivenciar. O texto da Baianidade incorpora um profundo sentimento de afetividade e proximidade com o outro, que se opäe a textos e práticas de culturas muito mais pragmáticas, voltadas para a dinâmica da lógica capitalista, permeadas pelo distanciamento, individualismo e desconfian‡a, alimentadas justamente por todos os horrores que cercam a vida contemporânea. Desconfian‡a, individualismo e distanciamento nÆo sÆo elementos necessariamente distantes do ambiente cotidiano dos baianos, assim como o avan‡o da violência, da competi‡Æo e do ritmo que se impäe em sociedades impregnadas de desigualdades sociais evidentes, racismo e tensäes. Seja no campo artístico, literário, midiático, as metamorfoses sÆo claras, mas qual é o lugar do discurso acadêmico nessa perspectiva? Há uma reitera‡Æo de tudo que foi dito? Há contesta‡äes? Existem reelabora‡äes? Surgiram novas vozes? Mantiveram-se as antigas, remetendo aos mesmos padräes, referências de abordagem? É o que pretendemos investigar.

---

Mestre em Cultura e Sociedade (UFBA - FACOM - Faculdade de Comunica‡Æo da UFBA / IHAC Instituto de Humanidades, Artes e Ciências). Especialista em Metodologia do Ensino Superior (FACIBA). Licenciado em História pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Desenvolve pesquisa na área de Antropologia, Cultura, História e Contemporaneidade.

---