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O tema que norteia as páginas seguintes pode ser resumido pela expressÆo "gramática política". Esta é intencionalmente ambígua, já que os assuntos tratados nos capítulos foram bastante diversos, sendo difícil definir algo mais específico. Por um lado, nossa análise trata de uma gramática da política ou do conjunto de regras que permeavam a política. Analisa com isto o processo de obten‡Æo de cargos e forma‡Æo dos grupos políticos nas minas gerais no segundo quartel do século XIX, tendo como foco principal o contato com as letras. Por outro lado, trata-se, também, e ao mesmo tempo, de uma gramática política no sentido mais estrito das palavras, ou seja, uma gramática de cunho político. Escrever e publicar gramáticas em Portugal entre os séculos XVIII e XIX era, também, uma a‡Æo política. Tal característica nÆo estava restrita ao fato de os grandes mecenas portugueses se ligarem aos grupos políticos, mas ia muito além, na medida em que os exemplos que compunham os compêndios sobre a língua continham uma posi‡Æo política.

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Pedro Eduardo possui gradua‡Æo em História pela UFOP (2009) e mestrado pela mesma institui‡Æo (2012). Tem experiência na área de História, com ênfase em Arquivística, atuando principalmente nos seguintes temas: Brasil imperial, arquivística, ortografia imperial, Minas Gerais século XIX e História do Livro e da Leitura.

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