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Empreender um estudo histórico é conferir visibilidade a sujeitos que foram relegados a segundo plano. No caso em questÆo, estamos nos referindo aos negros, que após o processo da Aboli‡Æo, em 1888, foram preteridos de um projeto mais amplo: o da moderniza‡Æo da sociedade brasileira e sua consequente inclusÆo a ordem social competitiva emergente. Contudo, diferentemente do que aponta a literatura sobre o tema, isso nÆo ocorreu em fun‡Æo de uma "incapacidade para o trabalho coercitivo", decorrente de uma "heran‡a escravista". Mas, sim, respaldadas por teorias "científicas", devido a um projeto de substitui‡Æo étnico-racial, através de projetos de imigra‡Æo de popula‡äes brancas e europeias. Modernizar, nesse sentido, significava branquear a na‡Æo. Foi a partir da ascensÆo de Getúlio Vargas ao poder em 1930, e principalmente com a institui‡Æo do decreto 19.482, que tinha como objetivo nacionalizar a mÆo de obra nacional, que esse quadro de exclusÆo do mercado de trabalho indica sinais de mudan‡as. É justamente sobre o tema da nacionaliza‡Æo e da inser‡Æo do negro ao mercado de trabalho formal que este trabalho propäe problematizar.

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A autora é Mestra em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus Araraquara. Bacharel e Licenciada pela mesma institui‡Æo. Atualmente é Pesquisadora do Centro de Estudos das Culturas e Línguas Africanas e da Diáspora Negra (CLADIN/LEAD/NUPE).

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