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A emigra‡Æo cearense recebeu impulso tanto dos cafeicultores que manipulavam o Governo central para subsidiar as passagens dos retirantes, quanto das empresas que aproveitavam da influência que tinham nesse Governo para transportar os retirantes que estavam apinhados no litoral. A emigra‡Æo subvencionada foi, sem dúvida, um grande impulsor dessa emigra‡Æo. Ela, juntamente com o desenvolvimento dos latifúndios, a subordina‡Æo da agricultura de subsistência à agricultura comercial, as mudan‡as nas rela‡äes de trabalho no campo, as grandes secas, o liberalismo do Governo oligárquico do Ceará, e o aumento da densidade da popula‡Æo, ajudou a criar o que definimos de configura‡Æo social favorável à emigra‡Æo. Todas essas rupturas do equilíbrio tradicional de tensäes foram responsáveis pelo deslocamento da popula‡Æo. Embora o Governo e a sociedade defendessem que a popula‡Æo migrava porque era pregui‡osa, nômade, inexperta, mesti‡a, vadia, ambiciosa, etc.

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Licenciado em História (2006) pela Universidade Federal do Ceará (UFC), possui mestrado em Sociologia também pela UFC (2012) e, atualmente, faz doutorado em Sociologia na mesma universidade. Tem experiência nas áreas de Sociologia e de História, com ênfase em Processos Migratórios e Campesinato Brasileiro.

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