---

A maternidade na adolescência corresponde a 20% dos partos no Brasil. Trata-se de um tema relevante campo dos direitos, pois à estas mulheres é conferida uma dupla condi‡Æo de prote‡Æo: a de adolescente e a de mÆe. Os resultados desta pesquisa demonstram que as mulheres que foram mÆes adolescentes atravessaram um cotidiano de pobreza, sobrecarga da figura materna, hierarquia de gênero e ausência de políticas públicas. Neste contexto, realiza-se uma crítica aos discursos da meritocracia individual presentes nas teorias do Risco Social e conclui-se que a melhor estratégia de preven‡Æo da maternidade adolescentes reside no oferecimento de políticas públicas de promo‡Æo às famílias, de modo que as mulheres nÆo necessitem tornar para si prematuramente as responsabilidades do mundo adulto e que possam ser estimuladas a incluir em seus planos futuros uma inser‡Æo profissional mais qualificada. SÆo ainda apontados como relevantes para a altera‡Æo deste quadro, o enfrentamento das desigualdades de gênero, a valoriza‡Æo do envolvimento masculino nas questäes de reprodu‡Æo e cuidado infantil, a preven‡Æo da violência e o oferecimento efetivo de programas de cuidados infantis.

---

Assistente Social, Doutora em Servi‡o Social pela UERJ(2012), Mestre em Servi‡o Social pela UERJ (2001), Especialista em Controle de Riscos e Agravos à Saúde do Recém-nascido pelo Instituto Fernandes Figueira/FIOCRUZ (2006) e Especialista em Saúde Materno Infantil pela Maternidade Escola/UFRJ (2007).

---