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É sabido que José Saramago foi reconhecido ainda em vida como um dos principais nomes da literatura portuguesa e mundial. Em sua obra, o autor trata com rara lucidez acerca de várias e importantes demandas sociais de nosso tempo. Guiado pela narrativa saramaguiana em "A caverna" e ancorado na Sociologia da literatura, Eric Arantes Corrêa efetua uma análise teórica da obra, evidenciando uma série de desdobramentos relativos ao mundo do trabalho. Compreendendo o trabalho como processo formativo e atividade humana vital, procura evidenciar, por meio da dramática resistência de um artesÆo produtor de lou‡as de barro, a nulifica‡Æo do trabalho artesanal em face da produ‡Æo industrial em larga escala, confirmando, além da tendência histórica à substitui‡Æo do trabalho humano por trabalho mecânico, a precariza‡Æo e a intensifica‡Æo do controle do trabalho com a ascensÆo das grandes empresas. Aponta ainda, evocando a metáfora da caverna de PlatÆo presente na obra de Saramago, a rela‡Æo entre imposi‡Æo do consumo pelas grandes corpora‡äes e a fetichiza‡Æo da vida em seus múltiplos aspectos.

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Éric Arantes Corrêa é brasileiro. Graduou-se Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU (2008), Especialista em GestÆo e Políticas Públicas pela Faculdade Católica de Uberlândia (2009) e Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU (2012).

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