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A aposta na obten‡Æo do diploma do ensino superior tem constituído um recurso para a concretiza‡Æo das aspira‡äes a trajetórias profissionais de sucesso. Até um passado recente, os diplomados alcan‡avam posi‡äes mais vantajosas no mercado de trabalho, comparativamente aos que nÆo detinham o diploma. No período em que era possível vivenciar, no plano das aspira‡äes e das concretiza‡äes, o desiderato da ascensÆo social através da aposta na forma‡Æo superior, encontrávamos poucos discursos que enfatizavam as "barreiras invisíveis" que se poderiam colocar em prol da posse dos capitais (económico, cultural e simbólico), da classe social, do género, ou da área de forma‡Æo. Os discursos sobre a importância da qualifica‡Æo de quadros pareciam apontar para a existência de "um lugar para todos" quantos se formassem no ensino superior. No entanto, as trajetórias profissionais ocorrem num contexto social e cultural específico, pautado por representa‡äes e normas sociais, que traduzem categorias de analise, sobre a importância que o trabalho deve ter na vida e sobre os papéis que homens e mulheres devem desempenhar na sociedade, inclusive entre diplomados e diplomadas do ensino superior.

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Doutorada em Sociologia da Educa‡Æo-Universidade Nova Lisboa. Mestre em Sociologia. Licenciada em Ciências da Educa‡Æo. Investigadora do CICS.NOVA e do CeiED. Foi Coordenadora do Centro de Forma‡Æo Avan‡ada da ESTeSL-IPL (Portugal) e Pró-Reitora da Uni-CV (Cabo Verde). Colaborou na UNTL (Timor-Leste) e no ISCED Luanda (Angola). Trabalha na CPLP.

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