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Este livro propäe refletir sobre a escolariza‡Æo dos afro-brasileiros nas décadas de 1920 e 1930 na cidade de SÆo Paulo. Parte do princípio de que o regime republicano brasileiro e o estado de SÆo Paulo nÆo criaram políticas focalizadas para a popula‡Æo negra, reproduzindo defasagens históricas. Buscamos compreender as lógicas por de trás da educa‡Æo pública, investigando, em especial, o preconceito e a persistência de estigmas e estereótipos étnciorraciais no discurso sustentado pelo pensamento imperial e republicano. O estudo vem colocar em cena que as políticas promovidas pelas institui‡äes estatais na primeira e segunda república, nÆo foram neutras e equitativas. As políticas educacionais universalistas no Brasil hospedavam, por identidade de propósitos, consanguinidade com o mito da democracia racial. Os princípios liberais de democracia e igualdade da Constitui‡Æo de 1891 conservaram os processos de assimetria racial e social e postergaram igualmente o enfrentamento das desigualdades que conformavam o círculo vicioso do racismo, em particular no âmbito da educa‡Æo.

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Carlos Eduardo Dias Machado é bacharel, licenciado e mestre em História pela Universidade de SÆo Paulo (USP). É pesquisador e se dedica aos estudos sobre negras e negros na ciência, tecnologia e inova‡Æo, branquidade, a‡äes afirmativas, rela‡äes étnicorraciais, diáspora africana e história da µfrica. É docente, articulista e consultor.

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