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A repeti‡Æo encontra-se nos fundamentos do saber psicanalítico, além de estar muito presente na prática clínica. No presente trabalho apresentamos uma análise da incidência da repeti‡Æo na obra de Sigmund Freud, apontando para sua profunda rela‡Æo com outras no‡äes-chave da psicanálise, como inconsciente, recalcamento, transferência e pulsÆo. Destacamos o aparecimento do fenômeno da compulsÆo à repeti‡Æo e a virada dos anos 20, ressaltando o choque entre repeti‡Æo e sentido, a conceitua‡Æo da pulsÆo de morte e o novo dualismo pulsional. Nesse percurso demonstramos como a psicanálise foi se deslocando de seu estatuto de arte da interpreta‡Æo para o trabalho com o excesso pulsional que nÆo é representável. É diante desse desafio de lidar com o traumático e com o nÆo-sentido que a psicanálise vem se reinventando desde seus primórdios e que pode, em nossos dias, servir como um recurso potente de leitura e interven‡Æo nos fenômenos e modos de sofrimento contemporâneos.

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Psicóloga e psicanalista, Mestre em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com Especializa‡äes em Clínica Psicanalítica e em Saúde Mental no Instituto de Psiquiatria - IPUB/UFRJ. Participante da Escola Brasileira de Psicanálise - EBP-Rio. Atualmente Doutoranda do Programa de Pós-Gradua‡Æo em Psicologia Clínica da PUC-Rio.

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