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Este livro problematiza a adesÆo dos trabalhadores organizados brasileiros a planos de saúde, um paradoxo diante da existência do SUS, que faculta aos cidadÆos um sistema de saúde universal e gratuito. Com efeito, essa adesÆo dos trabalhadores à provisÆo da assistência a saúde privada conecta-se com a trajetória pré-existente, quando, a partir de 1923 se definiu o marco legal original que instituiu uma prote‡Æo social de financiamento tripartite, sustentada pelo Estado, empresariado e trabalhadores. O modelo vinculava a prote‡Æo social à produ‡Æo capitalista. O livro aponta como se reconfigurou, nos últimos 40 anos, essa adesÆo da classe trabalhadora organizada a esquemas de saúde de base privada e financiamento tripartite, hoje representados pelos planos, com consequências futuras para a assistência médica ocupacional. Ao fim e ao cabo a tese indica que a aten‡Æo à saúde gerida por empresas médicas nÆo garantirá a prote‡Æo esperada pelos trabalhadores, ao tempo que o SUS, da mesma forma, dificilmente logrará superar o seu subfinanciamento estrutural, sendo urgente se pensar uma nova pactua‡Æo social que assegure a adequada, e equitativa, prote‡Æo à saúde de todos os brasileiros.

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de Salles Dias Filho, Pedro Paulo
Pedro Paulo de Salles Dias Filho, 53, é economista, ingressou em 1994 no Banco Central do Brasil após longa experiência no mercado financeiro. Colaborou de 2004 a 2013 na ANS, em cargos de assessoria. Tem mestrado em Saúde Coletiva pelo IMS-UERJ e doutorado pela ENSP/Fiocruz. Seus estudos em saúde pública têm ênfase na Economia Política da Saúde.

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