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Este livro nos leva a questionar o porquê de os membros da categoria literária testemunhal usarem conscientemente seus escritos para pensar, entre tantas outras questäes, por que uma Europa que, mesmo reunificada, é marcada pelo pavor da lembran‡a causada pelos monumentos ao holocausto e como o testemunho leva em seu âmago um topos ambíguo, uma verdade lacunar que o constitui. Essa é a impotência da linguagem que conhecemos para narrar o ocorrido, uma for‡a representativa necessária e impossível ao mesmo tempo, uma potência que toma for‡a na própria impotência para contar uma violência inaudita..Testemunhar em nome dos que morreram seria, além de uma exigência ética ambígua, uma reconcilia‡Æo com a própria culpa por haver sobrevivido, e, portanto, eis a necessidade de estratégias específicas de escrita.

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Maia Tiago, Daniele
Doutora pela Universidade Federal de Goiás em convênio com a Flensburg Universität (Alemanha), durante vários anos, minhas pesquisas se concentraram na área de narrativas testemunhais do Holocausto a partir da cria‡Æo de estratégias extraordinárias de escrita sobre eventos traumáticos.

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