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Tropicália ou Panis et Circencis, lan‡ado em 1968, é um álbum-conceitual por integrar, em seu corpus, a estética e a linguagem tropicalista, este com suas doze can‡äes, do início ao fim, constitui uma espécie de ritual antropofágico de alta devora‡Æo, no qual as relíquias do Brasil, representadas através dos mitos culturais, políticos e sociais refor‡am o intuito de suturar a consolida‡Æo do passado, presente e futuro da na‡Æo brasileira. É, além disso, considerado dialógico e polifônico, pois as vozes dissonantes, mas coletivas, os arranjos e composi‡äes de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Capinan, Tom Zé, Os Mutantes, Torquato Neto e Rogério Duprat referenciam o Antropofagismo de Oswald de Andrade, o Cinema Novo de Glauber Rocha, as expressäes artísticas de Hélio Oiticica e Rubens Gerchman assim como a arte pop e a contracultura nacional e internacional. Contudo, é um álbum- objeto que convida o espectador a acionar todos os sentidos, sinestesicamente, pois, na pluralidade do universo de cada can‡Æo, há algo para ser lido, visto, sentido e, possivelmente, transformado, portanto, tornou-se o manifesto do Movimento de Vanguarda, cujas ideologias, transformaram a MPB.

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Lopes Araujo, Joceane
Joceane Lopes Araujo é da cidade de Pé de Serra, no interior da Bahia; apaixonada pelas memórias do sertÆo, escreve contos, poesias e pesquisa o universo do Tropicalismo no Brasil e no mundo.Graduada em Letras Vernáculas pela UNEB (2004), especialista em Literatura baiana também pela UNEB ( 2016); MESTRA em Literatura e Diversidade Cultural (UEFS).

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