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Neste trabalho, analiso o aborto espontâneo, com base em autores da psicanálise que se dedicaram ao tema. Parto da premissa de ser fruto de um desejo inconsciente em negar a gesta‡Æo, concretizado na forma de uma interferência sobre o corpo da mulher. Esse aborto tem lugar nas histórias individuais, só podendo ser assim compreendido. Vivenciá-lo faz erigir um sofrimento, pois a interrup‡Æo da gravidez é sentida como castra‡Æo da capacidade criadora e da continuidade da existência, a qual seria possível por meio de um filho. Em fun‡Æo disso, é de fundamental importância a oferta de trabalho profilático nos servi‡os de saúde, que permita à mulher e família externarem os sentimentos, contribuindo para a elabora‡Æo de um luto pelo aborto espontâneo.

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Araújo Gomes Henriques, Luciana
Formada em Psicologia (2004). Possui Especializa‡Æo em Terapia de Família e Casal pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2006). É servidora pública municipal, desde 2009, no cargo de Psicóloga, da Prefeitura de Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro, onde atua na Secretaria de Desenvolvimento Social e Promo‡Æo da Cidadania.

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