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Educar para a singularidade, essa é a principal característica da pedagogia libertária. A singularidade pressupäe a liberdade para se manifestar. O exercício da liberdade individual na coletividade implica a singularidade. No coletivo nÆo há dois indivíduos iguais, por mais que compartilhem os mesmos meios e condi‡äes sociais. Portanto, afirmar uma é afirmar a outra. Singularidade e comunidade nÆo sÆo incompatíveis, mas ao contrário, uma é condi‡Æo da outra. A coletividade depende de indivíduos singulares, cada qual contribuindo com suas possibilidades; cada indivíduo, por sua vez, encontra no coletivo, aquilo que ele nÆo pode oferecer. Assim, singularidades isoladas redundariam em excentricidades, desvios egóicos. A nÆo singularidade, por sua vez, significaria uma sociedade totalitária na qual os indivíduos perderiam seus rostos e seus desejos, para serem mais um elemento do conjunto. O equilíbrio está na rela‡Æo individuo singular/comunidade: cada um oferecendo o melhor de si e obtendo o melhor do coletivo. Como pensar um projeto educativo que nos permita tal situa‡Æo? Como produzir uma prática pedagógica que tenha como objetivo alcan‡ar tal equilíbrio?

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Kassick, Clovis
Gradua‡Æo em Técnicas Agrícolas (UFRGS) Pedagogia (FEEVALE). Pós Gradua‡Æo em Administra‡Æo de Sistemas Escolares (UNISINOS), Mestrado em Educa‡Æo (UFSC), Doutorado em Educa‡Æo (UNICAMP), Pós Doutorado: Universidade de Valladolid/Espanha; UTL/Portugal; UFSC. Professor do PPGE - Unisul.

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